O que significa Portugal estar em 38.º lugar, em relação ao desenvolvimento?

O PNUD, ou Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, é um organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicado a promover a mudança e ligar os países às ferramentas e recursos necessários para ajudar as populações a melhorar a qualidade de vida. Fundado em 1965, o PNUD opera em cerca de 170 países e territórios, trabalhando para erradicar a pobreza, reduzir as desigualdades e promover resiliência para que os países possam sustentar o progresso.

O PNUD centra-se em diversas áreas, incluindo governança democrática, prevenção de crises e recuperação, desenvolvimento sustentável e resposta ao VIH/SIDA. A organização fornece consultoria, formação e suporte financeiro aos países, trabalhando com os governos locais, sociedade civil e setor privado para construir e partilhar soluções para os desafios do desenvolvimento.

Uma das contribuições mais conhecidas do PNUD é o Relatório de Desenvolvimento Humano, publicado anualmente. Este relatório apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que mede o progresso de um país, relativamnte às dexpectativa de vida, educação e rendimento per capita, oferecendo uma visão mais ampla do desenvolvimento além apenas do crescimento económico.

Há outros índices que são internacionalmente reconhecidos para medir o desenvolvimento de um país. São utilizados para avaliar o desenvolvimento e desempenho de países em diferentes áreas. Cada índice tem vantagens e limitações, sendo, muitas vezes, útil considerar vários em simultâneo, para caracterizar de forma mais rigorosa o desenvolvimento de um país.

  • Este é o valor de todos os bens e serviços produzidos num país durante um ano, dividido pelo número de habitantes. É frequentemente usado como indicador do nível de riqueza de um país, embora não contemple a distribuição dessa riqueza.

  • Desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), este índice combina três dimensões: esperança média de de vida, como indicador de saúde, a taxa de alfabetismo, como indicador de instrução da população, e Produto Interno Bruto (PIB) per capita, como indicador de rendimento.

  • Também do PNUD, este índice identifica as carências dos agregados familiares em áreas como saúde, educação e habitação.

  • Publicado pela Transparency International, mede a percepção da corrupção no setor público em diferentes países.

  • Publicado pelo Fórum Económico Mundial, avalia a competitividade de países baseando-se em fatores como infraestruturas, estabilidade macroeconómica, saúde, educação e inovação.

  • Avalia a liberdade económica de um país, com base em fatores como direitos de propriedade, eficiência judicial, carga tributária, o nível de corrupção, entre outros.

Cada cidadão tem a responsabilidade de fazer a sua própria avaliação do desenvolvimento do seu país.

Avaliar a evolução de um país é uma tarefa multidimensional, e cada cidadão pode ter diferentes critérios ou prioridades. A combinação de dados objetivos com experiências e percepções pessoais pode fornecer uma imagem mais holística da trajetória de desenvolvimento de Portugal.

  • Economia: Crescimento do PIB, taxa de desemprego, níveis de investimento externo, e balança comercial.

    Educação: Taxas de alfabetização, desempenho em avaliações internacionais, como o PISA, e percentagem de população com ensino superior.

    Saúde: Esperança média de vida, taxa de mortalidade infantil, e acesso a cuidados de saúde.

  • Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) que considera educação, renda e saúde.

    Índices de qualidade de vida urbana, como o Mercer Quality of Living Survey.

    Taxas de criminalidade e perceção de segurança.

  • Evolução das políticas e práticas de sustentabilidade.

    Compromisso com metas ambientais internacionais, como o Acordo de Paris.

    Qualidade do ar, da água e gestão de resíduos.

  • Nível de digitalização dos serviços públicos.

    Investimento em pesquisa e desenvolvimento.

    Infraestruturas de tecnologia, como cobertura de internet de alta velocidade.

  • Liberdade de expressão e liberdades civis.

    Taxas de participação em eleições.

    Transparência governamental e rankings de corrupção.

  • Sensação de bem-estar e satisfação pessoal.

    Valores culturais e sociais, bem como a sua evolução.

    Sentimento de pertença e coesão social.

  • Comparar a evolução de Portugal com países semelhantes ou vizinhos, através de rankings e estudos internacionais.

  • Envolvimento em debates públicos, participação em fóruns ou associações locais, e voluntariado.

Haverá cidadania plena com sem-abrigo?

A realidade dos sem-abrigo em Portugal é um reflexo dos desafios sociais complexos que enfrentamos. Nas grandes cidades, como Lisboa e Porto, e agora, cada vez mais, em cidades do interior, a presença de pessoas a viver nas ruas é um lembrete do que está por fazer para garantir bem-estar e oportunidades para todos.

  • O aumento do número de sem-abrigo é influenciado por diversos fatores, incluindo a crise habitacional, desemprego e desafios de saúde mental. A complexidade deste problema exige uma resposta coletiva e multifacetada.

  • Como cidadãos, é nosso dever não apenas reconhecer, mas também atuar para amenizar e, eventualmente, erradicar este problema. A empatia é o primeiro passo. A compreensão e a sensibilização sobre as causas e as consequências da vida na rua são fundamentais para fomentar uma sociedade mais inclusiva e solidária.

  • Voluntariado: Participar em iniciativas de voluntariado que oferecem apoio direto aos sem-abrigo, como a distribuição de alimentos e roupas.

    Doações: Contribuir com doações para organizações que trabalham na reabilitação e integração dos sem-abrigo.

    Advocacia: Promover políticas inclusivas que visem resolver as causas raiz do problema, como a acessibilidade à habitação e a serviços de saúde mental.